Ao contrário do que muitos pensam, educação financeira é muito mais que “aprender a ficar rico” ou investir. Esse pensamento é um claro reflexo da falta de educação financeira.
A educação financeira serve para aprender a administrar o dinheiro, seja ele muito ou pouco. Desde poupar, economizar, evitar gastos desnecessários até investir.
No geral, você aprende a viver dentro do seu padrão econômico e a ter uma relação saudável com o dinheiro. E aprender essas lições desde cedo, facilita e muito a tomada de decisões financeiras ao longo da vida.
Por que ensinar educação financeira às crianças?
No Brasil, não há educação financeira na grade curricular das escolas públicas. Portanto, se não for ensinada dentro de casa, é possível que uma pessoa só aprenda a cuidar do dinheiro quando entra no mercado de trabalho.
Sem uma noção básica de como se organizar financeiramente, os desafios da vida adulta são ainda maiores e difíceis de contornar. Não é à toa que quase quatro a cada dez adultos estão inadimplentes no Brasil, o correspondente a 61,94 milhões de pessoas (levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
É por isso que aprender educação financeira desde pequeno é tão importante. Imagine quantas coisas você gostaria de ter sabido antes de cometer uma imprudência financeira. Agora, você pode ajudar o seu filho ou filha a tomar decisões melhores ao longo da vida.
Pode parecer difícil explicar sobre finanças e dinheiro para uma criança, por isso separamos algumas dicas simples e práticas para você começar a ensinar educação financeira ao seu filho e vê-lo alcançando sonhos no futuro. Vamos juntos?
O que a criança deve ser capaz de compreender?
Claro que aos doze anos de idade ninguém precisa entender conceitos complexos como investimento, financiamento e empréstimo. Um bom começo é entender a diferença entre desejo e necessidade, e que o dinheiro é limitado.
O dinheiro é algo abstrato para a mente de uma criança, então o ideal é criar a noção de quantidade e limite. Assim, a criança entenderá melhor que é preciso fazer escolhas, pois o dinheiro não é infinito.
A educação financeira ajuda a compreender que muitas vezes será preciso abrir mão de prazeres momentâneos para conquistar um objetivo maior no futuro, seja um presente no natal ou uma viagem de formatura do colégio.
O consumismo deve ser combatido desde cedo, ensinando o valor das coisas e a viver de acordo com o seu padrão econômico, sem gastar mais do que se tem. Mas sem deixar de desfrutar dos prazeres que o dinheiro pode oferecer.
Por onde começar?
Antes de tudo, não podemos esquecer que estamos lidando com crianças e que cada uma tem o seu processo de aprendizagem. Procure adaptar a linguagem para a realidade dela, usando exemplos reais para quebrar o campo abstrato.
Embarque nessa jornada com ela. Levar o processo a sério, e realmente valorizar o progresso (mesmo que seja lento) é muito importante para que a criança de fato aprenda dentro das suas limitações. Portanto, tenha paciência e se divirta no processo.
Agora, vamos às dicas!
1. Definir metas e objetivos
Ensine seu filho a definir pequenas metas e objetivos, como comprar uma bicicleta ou mesmo fazer um passeio no fim de semana. Com metas, os pequenos aprendem a gastar controladamente, visando uma recompensa maior no final.
Esse exercício o fará pensar em formas de economizar no dia a dia, criando naturalmente uma noção de organização financeira, onde ele precisará cortar gastos desnecessários e poupar.
2. Desejo x Necessidade
As crianças são mais influenciáveis por propagandas, desenhos e a influência de amigos, primos e irmãos. Logo, é normal terem vontade de ter todas as coisas.
No entanto, é preciso ensinar que querer algo não é o mesmo que precisar, para não acabar fazendo compras por impulso e até perder oportunidades de obter o que realmente precisa depois.
3. Vamos investir?
Investir é um hábito que traz diversos benefícios financeiros a longo prazo. Muitos bancos e fintechs oferecem serviços de investimentos a partir de R$ 1,00. Você pode criar uma poupança para o seu pequeno e mostrá-lo que é uma espécie de cofrinho virtual.
Sempre que for depositar uma quantia na poupança, procure fazer na companhia das crianças, mostrando que a reserva está aumentando e que no futuro elas poderão usar o dinheiro como quiserem.
4. Reconhecendo o valor do dinheiro
Quando criança, é difícil associar o trabalho ao dinheiro, e que um é consequência do outro. Reconhecer o valor do dinheiro é o que fará a criança tomar decisões melhores quando decidir comprar algo.
Para desenvolver esse reconhecimento, a criança terá que aprender a administrar a sua mesada para conseguir fazer tudo que deseja. Aos poucos, ela irá notar que o dinheiro tem um valor e que é preciso usá-lo com sabedoria para não ficar sem.
5. Didática
Explore materiais didáticos, como moedinhas de brinquedo, jogos que envolvam valores monetários com o banco imobiliário e até um caderninho decorado onde ela possa anotar os gastos, metas e objetivos dela. Uma lousa ou quadro também pode ser interessante.
Educação financeira não precisa ser chato e entediante. Aposte em jogos e brincadeiras para captar a atenção e o interesse do seu filho. Você pode dar um cofrinho de presente, para a criança ter a liberdade de juntar o próprio dinheiro do jeitinho dela.Faça testes de conhecimento com cartões didáticos, perguntando o preço das frutas, comparando o preço dos objetos, assim ela terá uma noção melhor de quantidade e valores. Ao final, se a criança tiver obtido uma boa pontuação, pode adicionar moedas no cofrinho.
Conclusão
Esperamos que você tenha conseguido tirar boas dicas de educação financeira deste conteúdo e possa iniciar hoje mesmo uma jornada financeira melhor para a sua família. Tenho certeza que será um processo divertido e muito proveitoso a longo prazo. Deixe seu comentário se gostou do conteúdo e clique aqui para conhecer nossos serviços de soluções financeiras.
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